Drogas Psicotrópicas: Histórico

Há cerca de 5 mil anos, uma tribo de pigmeus do centro da África saiu para caçar. Alguns deles notaram o estranho comportamento de Javalis que comiam uma certa planta. Os animais ficavam mansos ou andavam desorientados. Um pigmeu, então, resolveu provar aquele arbusto. Comeu e gostou. Recomendou para outros na tribo, que também adoraram a sensação de entorpecimento. Logo, um curandeiro avisou: Havia uma divindade dentro da planta. E os nativos passaram a venerar o arbusto. Começaram a fazer rituais que se espalharam por outras tribos. 
E são feitos até hoje. A árvore Tabernanthe iboga, conhecida por iboga, é usada fins lisérgicos em cerimônias com adeptos no Gabão, Angola, Guiné e Camarões.

Há milênios o homem conhece plantas como a iboga, uma droga vegetal. O historiador grego Heródoto anotou, em 450 a.C., que a Cannabis sativa, planta da maconha, era queimada em saunas para dar barato em frequentadores. “O banho de vapor dava um gozo tão intenso que arrancava gritos de alegria.” No final do século 19, muitos desses produtos viraram, em laboratórios, drogas sintetizadas.
 
Somente no século 20 é que começaram a surgir proibições globais ao uso de entorpecentes. Primeiro nos EUA, em 1948. Depois 1961, em mais de 100 países (Brasil entre eles), após uma convenção da ONU. Segundo um relatório publicado pela entidade em 2005, há cerca 340 milhões de usuários de drogas no planeta. Movimentam um mercado de 1,5 trilhão de dólares. Ao longo da história, as drogas tiveram usos múltiplos, elas deram origem a religiões, percorreram o planeta com o comércio, provocaram guerras, mudaram a cultura, música e moda. Acompanhe nas próximas semanas uma viagem pela história das substâncias mais famosas.

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