Os morcegos são mamíferos que possuem uma alimentação variada. Entre as cerca de 1 100 espécies conhecidas, apenas três se alimentam de sangue. Os morcegos das demais espécies podem alimentar-se de: frutas (manga, mamão, banana, goiaba, por exemplo); néctar e pólen de flores (como as do ipê e do maracujá-de-restinga); folhas diversas; insetos, muitos dos quais daninhos à lavoura (gafanhotos e certas mariposas, por exemplo); animais (ratos, pássaros, lagartos, pequenos peixes, rãs, entre outros.). Ao se alimentar nas flores, os morcegos podem transportar pólen de uma flor para outra e assim contribuir para a reprodução de certas espécies de plantas. Ao se alimentar de frutos, podem dispersar sementes, contribuindo também para a reprodução dessas espécies vegetais. Alimentando-se de animais, como gafanhotos e ratos, os morcegos têm importante papel no controle populacional de alguns seres que podem se nutrir de plantas cultivadas.
MORCEGOS
Os morcegos também podem auxiliar na manutenção da vida em cavernas escuras. Nesses ambientes, em virtude da ausência de luz solar, não se desenvolvem seres fotossintetizantes. Os morcegos saem das cavernas em busca de alimento. Quando retornam, eliminam fezes ricas em nutrientes, que se acumulam no piso das cavernas. As fezes dos morcegos podem então alimentar animais, como certas espécies de grilos, moscas e besouros que podem habitar as cavernas. Esses animais, por sua vez, podem servir de alimento para outras espécies desse mesmo ambiente, como certas aranhas e centopeias. Se os morcegos abandonarem as cavernas à procura de outro local em que possam se instalar, grilos, besouros, aranhas e centopeias, entre outros animais, ficam à míngua de alimentos, e a
vida corre o risco de desaparecer pouco a pouco nesse ambiente.
Assim, trazendo para o interior da caverna matéria e energia do mundo banhado de luz, esses animais atuam como elo entre o mundo iluminado e o mundo das trevas.
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