DOENÇAS HUMANAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS

Doenças bacterianas fazem parte do nosso cotidiano, além de serem assuntos abordados em concursos, vestibulares e ENEM.

 COLERA

Descrição: Enfermidade que atinge o intestino.
Agente etiológico: Vibrio cholerae (bactéria em forma de vírgula ou bastonete que se multiplica rapidamente no intestino humano).
Forma de transmissão: É transmitida através da ingestão de água ou alimentos contaminados. 
Sintomas: Diarreia intensa e vômito.
Tratamento: O tratamento imediato é o soro fisiológico ou soro caseiro para repor a água e os sais minerais, além do uso de antibióticos. 
Prevenção: A higiene e o tratamento da água e do esgoto são as principais formas de prevenção. Também existem vacinas disponíveis.
COQUELUCHE
Descrição: Trata-se de uma enfermidade que agride o aparelho respiratório.
Agente etiológico: Três bactérias do gênero Bordetella, sobretudo a B. pertussis.
Forma da transmissão: O contágio se dá pelas gotículas de saliva liberadas pelo doente por meio de tosse, espirro ou fala – objetos contaminados também podem transmitir a doença. O período de maior contaminação acontece quando o enfermo se encontra na primeira fase da infecção (catarral), onde os sintomas ainda não são suficientemente claros.
Sintomas: Primeiros sintomas que apresentam-se sob a forma de tosse com catarro, coriza, ligeiro mal-estar e, raramente, febre baixa, os sintomas seguintes (15 dias aproximadamente) são a tosse seca (sem catarro) e curta, ocorrendo de oito a dez vezes em um único movimento expiratório (lembrando o soar de uma metralhadora). A tosse quase deixa o paciente sem ar e ao tentar inspirá-lo de volta, é possível identificar um guincho, semelhante a um assobio, característico da infecção e seguidos da eliminação de uma substância viscosa que, por vezes, provoca vômitos. Se não for tratada, a coqueluche pode provocar complicações respiratórias graves como broncopneumonia, enfisema, dispneia, ruptura do diafragma, inflamação nos ouvidos, convulsões, coma e morte.
Tratamento: O tratamento é feito basicamente com antibióticos, que devem ser prescritos por um médico especialista.
Prevenção: Aplicações da vacina pentavalente (que imuniza contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae do tipo b e hepatite B) e da vacina tríplice bacteriana (DTP) – que imuniza contra difteria, tétano e coqueluche.
LEPTOSPIROSE
Descrição: Doença infecciosa aguda que afeta diversos sistemas do corpo humano.
Agente etiológico: Bactéria Leptospira interrogans.
Forma de transmissão: A bactéria é transmitida pela urina de ratos. A rede de esgoto precária, a falta de drenagem de águas pluviais, a coleta de lixo inadequada e as consequentes inundações são condições favoráveis para o aparecimento de epidemias.
Sintomas: Os sintomas aparecem entre dois e trinta dias após a infecção, sendo o período de incubação médio de dez dias. Febre alta, sensação de mal estar, dor de cabeça constante e acentuada, dor muscular intensa, cansaço e calafrios estão entre as manifestações da doença. Também são frequentes dores abdominais, náuseas, vômitos e diarreia, podendo levar à desidratação.
Tratamento: O tratamento é feito principalmente com hidratação e uso de antibióticos, que reduzem as chances de evolução para a forma grave.
Prevenção: A leptospira sobrevive no meio ambiente por até seis meses depois do alagamento, por isso devem ser tomadas as seguintes medidas preventivas: Obras de saneamento básico, melhorias nas habitações humanas e o controle de roedores; Evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que crianças nadem ou brinquem nessas águas; Pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha; A água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) mata as leptospiras e deve ser utilizada para desinfetar reservatórios de água: um litro de água sanitária para cada 1.000 litros de água do reservatório. Para limpeza e desinfecção de locais e objetos que entraram em contato com água ou lama contaminada, a orientação é diluir 2 xícaras de chá (400ml) de água sanitária para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos.
Ainda não existe vacina para essa doença.
FEBRE TIFOIDE
Descrição: Doença infecciosa potencialmente grave, que pode afetar diversas regiões o organismo.
Agente etiológico: Bactéria Salmonella enterica typhi.
Forma de transmissão: É transmitida por meio da ingestão de água ou de alimentos que estejam contaminados com a bactéria. Os indivíduos também podem contrair a febre tifoide por meio do contato com as fezes e a urina de pessoas que estejam contaminadas com a bactéria. A contaminação se dá pela via digestiva.
Sintomas:  Febre alta, mal-estar, dor de cabeça, mudanças nos hábitos do intestino (como diarreia com sangue e intestino preso), prostração, perda do apetite, aumento do fígado e do baço, dores e inchaço no abdômen, náuseas e vômitos, tosse seca, coração que bate mais lento, manchas rosadas que surgem em locais como o abdômen e o fígado, agitação durante o sono.
Tratamento: Deve ser tratada com antibióticos específicos e  isolamento do paciente, que mesmo curado pode tornar-se portador do bacilo por meses.
Prevenção: Além da vacinação, para evitar o contágio da febre tifóide é necessário tratar a água e os alimentos, controlar o lixo, observar boas condições de higiene, identificar e vigiar os portadores dos bacilos.
PESTE BUBÔNICA
Descrição: Também chamada simplesmente de “a praga” ou “a peste”, é uma doença infecciosa potencialmente fatal. O seu nome faz referência a um dos sintomas que causa: um inchaço doloroso do linfonodo, que atinge os tecidos da axila ou da virilha, formando uma espécie de bolha, conhecida como “bubão”.
Agente etiológico: Bactéria Yersinia pestis.
Forma de transmissão: A bactéria vive em animais, especialmente os roedores, mais especificamente nas pulgas que eles carregam em seus pelos, a transmissão para humanos acontece pela picada de pulga infectada.
Sintomas: Uma pessoa pode desenvolver a doença de dois a seis dias após ser infectada, além de bubões ou gânglios linfáticos inchados, que podem ficar do tamanho de um ovo de galinha, há outros sintomas como febre, calafrios, dores de cabeça e dores no corpo, tosse, dores no peito, falta de ar, sepse e infecção generalizada.
Tratamento: Atualmente o quadro de letalidade é mínimo devido à administração de antibióticos.
Prevenção: Também existem vacinas específicas que podem assegurar a imunidade quando aplicadas repetidas vezes. No entanto, a maneira mais eficaz de prevenir à doença continua a ser a prevenção com o extermínio dos ratos urbanos e de suas pulgas
BOTULISMO
Descrição: É uma doença infecciosa produzida pela bactéria toxina do bacilo Clostridium botulinum que produz uma paralisia que afeta o sistema nervoso.
Agente etiológico: Bactéria Clostridium botulinum.
Forma de transmissão: Botulismo clássico (alimentar) é adquirido através da ingestão de alimentos contaminados com a toxina botulínica. O botulismo do lactente ocorre por ingestão dos esporos botulínicos, que proliferam nas vias intestinais.
Sintomas: Começa com uma paralisia dos músculos da cabeça que vai descendo simetricamente, visão borrada, dificuldade para falar e para deglutir os alimentos, que pode-se acompanhar de manifestações gerais como fraqueza muscular, enjoos, desmaios, secura da boca e da língua, constipação, retenção de líquidos e diminuição da pressão arterial. Caso comprometer os músculos respiratórios, pode acontecer a morte, pelo fato de mudar a mecânica respiratória.
Tratamento: O tratamento específico consiste no fornecimento de soro que contenha anticorpos contra a toxina. Em alguns casos, pode-se realizar lavagens gástricas e clister para impedir a absorção das toxinas que têm ficado no aparato digestivo.
Prevenção: Para evitar a contaminação dos alimentos, devera-se realizar um controle apropriado do processo de enlatado e conservação deles. Os alimentos enlatados suspeitos devem ser rejeitados. As conservas caseiras somente poderão ser consumidas se forem fervidas previamente
ESCARLATINA
Descrição: Doença infecciosa aguda, ocorre mais
frequentemente associada à faringite e, ocasionalmente, aos impetigos. É mais frequente em escolares entre 5 e 15 anos e acomete igualmente ambos os sexos.
Agente etiológico: Bactéria Streptococcus beta-hemolítico do grupo A.
Forma de transmissão: Acontece pelo ar através da inalação de gotículas originadas da tosse ou espirro de outra pessoa infectada.
Sintomas: Dor de garganta, febre alta, vermelhidão na pele com aspecto de lixa com coceira, língua avermelhada (coloração de framboesa), placas esbranquiçadas na língua e garganta, vermelhidão nas bochechas, falta de apetite, cansaço excessivo e dor na barriga.
Tratamento: É feito com o uso de antibióticos.
Prevenção: A melhor forma de prevenir escarlatina é evitando o contato com pessoas infectadas.
TÉTANO
 
Descrição: Infecção onde a bactéria causadora produz uma toxina, a tetanospasmina, que ataca o sistema nervoso central, causando rigidez muscular em diversas regiões do corpo.
Agente etiológico: Bactéria Clostridium tetani.
Forma de transmissão: A bactéria (bacilo) entra no organismo através de ferimentos ou lesões de pele e não é transmitido de um indivíduo para o outro. Ocorre pela entrada dos esporos da bactéria em ferimentos, na maioria da vezes por perfurações, contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou humanas. A bactéria pode ser encontrada no intestino dos animais, como cavalo e do homem também (sem causar doença). Mas qualquer ferimento ou lesão, não só os perfurantes, também são uma porta de entrada para a bactéria, basta que o ferimento entre em contato com alguma superfície contaminada, seja pregos e cercas enferrujados ou qualquer outra superfície.
Sintomas: Espasmos musculares, rigidez dos músculos do pescoço, febre inferior a 38ºC, músculos da barriga duros e doloridos, dificuldade para engolir, sensação de estar cerrando os dentes com força, presença de feridas infectadas. Na ausência de um tratamento, pode haver comprometimento de mais músculos, resultando em insuficiência respiratória e morte.
Tratamento: Inclui o uso de sedativos, músculo-relaxadores, antibióticos e o soro antitetânico. Caso ocorra algum tipo de ferimento, recomenda-se a lavagem imediata do local com água e sabão e a aplicação de água oxigenada, já que a Clostridium tetani não resiste ao contato com o oxigênio.
Prevenção: A vacinação é a única forma de proteção, através das vacinas (DTP, DT e dT).
TUBERCULOSE
Descrição: Doença infectocontagiosa causada por uma bactéria denominada bacilo de Koch, atinge principalmente os pulmões, mas outros órgãos podem ser afetados como os rins, ossos, olhos, entre outros.
Agente etiológico: Bactéria Mycobacterium tuberculosis (também conhecida como bacilo de Koch).
Forma de transmissão: Acontece pelas vias respiratórias, ou seja, pelas gotículas de saliva ou escarro eliminadas pelo enfermo quando este tosse ou espirra.
Sintomas: Tosse por três semanas ou mais, com ou sem catarro, febre, sudorese noturna, cansaço, dor no peito, falta de apetite e emagrecimento. Em casos graves pode aparecer catarro com presença de sangue.
Tratamento: São utilizados antibióticos, o tratamento tem duração média de seis meses.
Prevenção: A vacina BCG é utilizada na prevenção das formas graves da tuberculose, além de outras medidas que incluem o diagnóstico precoce, oferta do tratamento da infecção latente e a busca ativa dos contatos que promovem a prevenção e a quebra da cadeia de transmissão da doença.
MENINGITE MENIGOCÓCICA
Descrição: Doença grave do sistema nervoso central, a meningite pode ser causada por inúmeros agentes, é caracterizada pela inflamação nas meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Geralmente acomete crianças ou idosos e, em algumas situações, pode surgir como consequência de infecções do trato respiratório superior.
Agentes etiológicos: Streptococcus pneumoniae (pneumococo causador da pneumonia) até o Leptospira (bactéria causadora da leptospirose), mas os mais relevantes são o Neisseria Meningitidis (meningococo) e o Mycobacterium tuberculosis (bacilo da tuberculose). Também pode ser causada por vírus ou fungos.
Forma de transmissão: Ocorre por gotículas ou secreções do nariz e gargantas de pessoas contaminadas pela bactéria. Algumas pessoas podem apresentar e transmitir a bactéria sem estar doentes.
Sintomas: Febre, rigidez na nuca, dor de cabeça, mal-estar, náusea e vômito, confusão mental,  sensibilidade à luz, dores intensas ou dores nos músculos, articulações, peito ou barriga, manchas vermelhas na pele (parecidas com picadas), respiração rápida e calafrios. A doença atinge o estágio grave, entre 24 e 48 horas.
Tratamento: Deve ser feito o mais rápido possível com internamento no hospital com injeção de antibióticos na veia, durante cerca de 7 dias.
Prevenção: Ocorre por meio da vacinação, há quatro vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS): BCG, Pentavalente, Pneumocócica 10 valente e Meningocócica C.
DIFTERIA
Descrição: Doença infecciosa transmissível e causada por bactéria que atinge as tonsilas palatinas (antigas amígdalas), faringe, laringe, nariz e (ocasionalmente) outras partes do corpo, como pele e mucosas, onde cria placas brancas ou acinzentadas, muitas vezes visíveis a olho nu. Ocorre geralmente nos meses frios e atinge, principalmente, crianças de até 10 anos de idade.
Agente etiológico: Bactéria Corynebacterium diphtheriae.
Forma de transmissão: Ocorre basicamente por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele, ou seja, pelo contato direto da pessoa doente ou portadores com pessoa suscetível, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. A transmissão por objetos recém contaminados com secreções do doente ou de lesões em outras localizações é pouco frequente. Ambientes fechados também facilitam a transmissão.
Sintomas: Além das placas na garganta, a toxina diftérica também causa febre baixa (entre 37,5 e 38 ºC), abatimento, palidez e dor de garganta discreta. Se não for devidamente tratada, a difteria evolui, causando inchaço no pescoço (nos gânglios e nas cadeias cervicais), que, dependendo de seu tamanho, pode asfixiar o paciente.
Tratamento: É feito com o soro antidiftérico (SAD), que deve ser ministrado em unidade hospitalar, para inativar a toxina da bactéria  e o uso do antibiótico como medida auxiliar para ajudar a interromper o avanço da doença.
Prevenção: A vacina tríplice continua a ser a principal arma contra a difteria.
PNEUMONIA
 
Descrição: A Doença é causada principalmente por bactérias e caracteriza-se pela inflamação dos pulmões – mais especificamente os alvéolos, onde ocorrem as trocas gasosas – em virtude de infecções causadas pelos microrganismos citados. Normalmente a moléstia atinge crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade, como alcoólatras, tabagistas, ou indivíduos já atingidos por outras enfermidades – ela é a maior causa de mortes entre os enfermos infectados com o vírus da AIDS. Também pode ser causada por outros tipos de agentes como vírus, fungos e protozoários.
Agente etiológico: Bactérias Diplococcus pneumoniae, Haemophilus influenza, Staphylococcus aureus e Klebsiella pneumoniae.
Forma de transmissão: Pode ser adquirida por simples aspiração do ar ou de gotículas de saliva e secreções contaminadas ou, ainda, por transfusão de sangue.
Sintomas: Os sintomas da doença são tosse com escarro, dores reumáticas e torácicas, febre que pode chegar a 40°C, calafrios, dor de ouvido e de garganta, aceleração de pulso e respiração ofegante.
Tratamento: No caso da pneumonia bacteriana, costuma-se administrar antibióticos.
Prevenção: Lavar as mãos, não fumar, evitar aglomerações e se vacinar. Atualmente, existem vacinas disponíveis para a pneumonia pneumocócica que, mesmo não sendo capazes de prevenir todos os casos de pneumonia, podem evitar as formas mais graves.
SÍFILIS
 
Descrição: É uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) causada por uma bactéria que causa sintomas crônicos e sistêmicos quando não diagnosticada ou tratada adequadamente.
Agente etiológico: Bactéria Treponema pallidum.
Forma de transmissão: Pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou ser transmitida para a criança durante a gestação ou parto.
Sintomas: Começa na maior parte das vezes como uma ferida perto dos órgãos genitais, mas também pode aparecer nos lábios e nos dedos. A seguir, os gânglios linfáticos incham e aparece febre e dor de garganta. Se não tratada adequadamente, a doença se espalha e pode atingir até o sistema nervoso. Os sintomas são verrugas nos órgãos genitais, manchas vermelhas na pele, febre dor de garganta.
Tratamento: O tratamento é feito com antibióticos, principalmente a penicilina.
Prevenção: A Prevenção é usar camisinha, fazer sempre uma boa higienização, além de exames anuais do aparelho reprodutor. Os homens que sentirem dores súbitas e fortes nos testículos devem procurar um médico com urgência.
FURÚNCULO
Descrição: Infecção bacteriana que provoca um nódulo vermelho, quente e dolorido, com inflamação profunda na pele.
Agente etiológico: Bactéria Staphilococcus aureus.
Forma de transmissão: Contato com indivíduos com lesão purulenta ou portador assintomático. As mãos são o meio mais importante para transmitir a infecção.
Sintomas: Os primeiros sinais dessa lesão na pele são inflamação, dor aguda e vermelhidão. O nódulo apresenta um pouco de pus bem no centro. A dor que ele causa é intensa e latejante, como se estivessem cutucando com uma agulha debaixo da pele.
Tratamento: O Tratamento em média, dura de cinco a sete dias, nos casos simples, são usadas compressas de água quente e pomada com antibióticos, observando se há necessidade de fazer um corte para drenar o pus feita por um profissional de saúde. Furúnculos mal cuidados precisam ser extraídos no consultório e o procedimento deixa uma cicatriz profunda escura.
Prevenção:  Uma boa higiene é a melhor forma de evitar os furúnculos. Quem já foi contaminado deve lavar com sabonete bactericida as regiões mais vulneráveis. Também deve-se evitar usar toalhas e sabonetes comuns.
GONORRÉIA
Descrição: IST (Infecção Sexualmente Transmissível) caracterizada por uma infecção dos órgãos genitais e do sistema urinário por bactérias. Na maioria dos casos não causa sintomas, sendo descoberta apenas após exames de rotina, no entanto em algumas pessoas pode haver dor ou ardor ao urinar e surgimento de corrimento branco-amarelado, semelhante ao pus.
Agente etiológico: Bactéria Neisseria
gonorrhoeae.
Forma de transmissão: Pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada.
Sintomas: A gonorréia provoca mal-estar, febre, coceira, dor e queimação na hora de urinar, corrimento esverdeado e purulento. Ela atinge homens e mulheres, pode gerar infertilidade e até meningite – infecção na meninge, membrana que envolve o cérebro.
Tratamento: O tratamento é feito com antibióticos.
Prevenção: O preservativo reduz a chance de infecção e evita que a pessoa passe a doença para o parceiro.
ERISIPELA
 
Descrição: Processo infeccioso da pele, que pode atingir a gordura do tecido celular, causado por uma bactéria que se propaga pelos vasos linfáticos. Pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, mas é mais comum nos diabéticos, obesos e nos portadores de deficiência da circulação das veias dos membros inferiores.
Agente etiológico: Bactéria estreptococo.
Forma de transmissão: Não é contagiosa.
Sintomas: Infecção superficial acompanhada de vermelhidão e calor e que rapidamente afeta os vasos linfáticos existentes na segunda camada da pele. Calor, rubor, dor, febre, dor de cabeça, mal-estar. Normalmente, as lesões aparecem mais nas pernas e nos pés, embora possam manifestar-se também na face.
Tratamento: Prescrição de antibióticos por via oral, repouso e elevação do membro acometido creio que sejam medidas suficientes. O tratamento da erisipela precisa ser seguido criteriosamente para evitar crises de repetição que podem ter consequências graves.
Prevenção: As crises repetidas de erisipela podem ser evitadas através de cuidados higiênicos locais, mantendo os espaços entre os dedos sempre bem limpos e secos, tratando adequadamente as frieiras, evitando e tratando os ferimentos das pernas e tentando manter as pernas desinchadas.

HANSENÍASE


Descrição: Doença crônica, causada por uma bactéria, que caracteriza-se por alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos e pode gerar incapacidades permanentes. Essa doença ataca principalmente os nervos periféricos e a pele.
Agente etiológico: Bactéria Mycobacterium leprae (Bacilo de Hansen).
Forma de transmissão: Através de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse ou espirro de pessoas não tratadas e em fases mais adiantadas da doença. Com o início do tratamento, a transmissão é interrompida. Em geral, é preciso uma relação próxima e frequente para que a doença se instale, por isso todas as pessoas que convivem com o doente devem ser examinadas. O contato com a pele ou objetos não transmite a doença.
Sintomas: Manchas em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade ao calor, dor ou tato (se queima ou machuca sem perceber), formigamentos, choques, agulhadas, câimbras ou dormência nos braços e pernas, diminuição da força muscular, dificuldade para pegar objetos, segurar chinelos nos pés, nervos engrossados e doloridos, feridas difíceis de curar, áreas da pele muito ressecadas, que não suam, com queda de pelos, caroços pelo corpo, coceira ou irritação nos olhos e entupimento, sangramento ou ferida no nariz.
Tratamento: O tratamento envolve a associação de três medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina, sendo também chamado poliquimioterapia (PQT). Tem duração de seis a doze meses e é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Prevenção: O diagnóstico precoce, o tratamento oportuno e a investigação de contatos que convivem ou conviveram, residem ou residiram, de forma prolongada com pacientes acometidos por hanseníase.
TRACOMA
 
Descrição: Inflamação da conjuntiva e da córnea que pode levar à cegueira.
Agente etiológico: Bactéria Chlamydia trachomatis
Forma de transmissão: Se dá por contato com objetos contaminados.
Sintomas: Coceira nos olhos, sensação de que há algo nos olhos, irritação e ardência nos olhos, lacrimejamento, vermelhidão nos olhos, sensibilidade à luz, olhos avermelhados e inchados e pupila dilatada.
Tratamento: O tratamento é feito por meio de uso de antibióticos tópicos e orais.
Prevenção: Adoção de hábitos adequados de higiene, como lavagem do rosto das crianças com frequência e não compartilhamento de objetos de uso pessoal como lenços, roupas e toalhas entre outros.

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