A célula foi observada pela primeira vez por Robert Hooke, em 1665, quando ele observava um corte de cortiça ao microscópio. Ele percebeu que a cortiça era formada por várias cavidades, as quais chamou de células (do latim cella = pequena cela, compartimento).
Com os avanços das pesquisas no século XIX, foi possível concluir que as células estavam presentes na estrutura de todos os seres vivos, animais e vegetais, era a unidade que básica dos seres vivos. Em 1838, os pesquisadores, Schleiden e Schwann, formularam a teoria celular, que afirma que todos os seres vivos são formados por células.
As células, em sua maioria, são muito pequenas e podem ter formas variadas. Apesar da grande diversidade, podemos dizer que uma célula é formada basicamente por três estruturas: a membrana, o citoplasma e o núcleo.
Membrana plasmática
É uma fina película que envolve o conteúdo celular. A membrana seleciona a entrada de substâncias para o meio interno e a saída de compostos para o exterior. Manter a forma e proteger o conteúdo também são funções da membrana.
Citoplasma
Preenche o espaço entre a membrana plasmática e a membrana nuclear. É um material de aspecto gelatinoso, no qual estão mergulhadas as organelas celulares.
Na maioria das células, há um núcleo único, no interior do qual estão as estruturas responsáveis pelas características hereditárias dos organismos, o material genético. O núcleo também é a estrutura responsável pela divisão da célula e por controlar seu funcionamento.
Algumas células não têm o núcleo definido, isto é, não têm uma membrana envolvendo o material genético. Essas células são encontradas nos seres mais simples. Os cientistas acreditam que as primeiras células surgidas nos oceanos primitivos tinham esse tipo de organização – as denominadas células procarióticas.
Já nas células animal e vegetal, é possível observar que o núcleo está envolto por uma membrana – a carioteca – e, ao redor dele, está o citoplasma. Células com essa organização são denominadas eucariontes. Quando a vida surgiu, os primeiros organismos eram formados por uma única célula, ou seja, eram unicelulares. Até hoje, há um número muito grande de seres cuja estrutura é unicelular.
Em algum momento da história da vida na Terra, os organismos unicelulares se reuniram e suas células passaram a dividir funções. Não se sabe ao certo quando ou como isso aconteceu, o certo é que dessa reunião surgiram organismos formados por grande número de células, que foram denominados pluricelulares ou multicelulares.
Ciclo vital
Os seres vivos passam por diversas etapas ao longo de sua existência; todos eles nascem e morrem. Entre esses dois eventos, geralmente crescem, desenvolvem-se, reproduzem-se e envelhecem. Portanto, todos os seres vivos têm existência limitada.
Nutrição
Todos os seres vivos precisam de alimento, do qual retiram os materiais para satisfazer às suas necessidades energéticas e de formação de seu organismo.
Alguns seres utilizam a energia do Sol, do gás carbônico e da água, no cloroplasto (clorofila), para fabricar seu próprio alimento. Eles são chamados de seres autótrofos. Como exemplo, temos os vegetais.
Bem, os seres vivos que precisam buscar o alimento no ambiente são denominados heterótrofos. Como exemplo, há os animais e nós, seres humanos.
Reprodução
A reprodução é a capacidade que os seres vivos têm de gerar descendentes, garantindo que a espécie não desapareça. As principais formas de reprodução são:
ASSEXUADA – é a reprodução em que apenas um indivíduo participa, gerando outros indivíduos iguais a ele. Entre os seres vivos que apresentam esse tipo de reprodução estão as bactérias, as euglenas e as amebas;
SEXUADA – na reprodução sexuada, é necessária a união e fusão de gametas, da qual se origina a célula-ovo, que se desenvolve e forma um novo ser.
Reações a estímulos
Os seres vivos reagem aos estímulos do ambiente. As reações dos seres vivos podem variar, dependendo de quem está sendo estimulado e o tipo de estímulo ao qual ele está sendo submetido. Se você, sem querer, pisar no rabo de um gato, ele provavelmente vai miar e sair correndo, ou talvez tente lhe arranhar, enfim, vai reagir ao estímulo mecânico representado pela pisadela.
Quando temos uma alergia, seja de origem medicamentosa, alimentar ou pela picada de um inseto, ela é uma forma de reação do nosso corpo ao estímulo recebido do ambiente.
Mas e as plantas? Será que elas respondem aos estímulos do ambiente? A Dioneia, uma planta conhecida como carnívora, espécie de vegetal que, ao ser tocada por um inseto, por exemplo, é estimulada por ele e reage fechando suas folhas.