As infecções que são transmitidas principalmente por meio de contato sexual, chamadas de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), tiveram sua nomenclatura alterada em novembro de 2016 e passaram a ser chamadas de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis).
ENTENDA O MOTIVO
Essa nova denominação faz parte de algumas atualizações do regimento estrutural do Ministério da Saúde por meio do Decreto nº 8.901/2016 e publicada no Diário Oficial da União em 11.11.2016, Seção I, páginas 03 a 17.
A justificava para a mudança decorre do fato da palavra ‘doença’ significar a presença de sintomas e sinais visíveis no organismo do indivíduo. Porém a sífilis, herpes genital, condiloma acuminado, HIV podem ter períodos assintomáticos e infecção pelo HPV e vírus do Herpes também podem se manter assintomáticas durante toda a vida do indivíduo podendo ser detectadas apenas por meio de exames laboratoriais.
Por esse motivo chegou-se a conclusão que o termo “infecção” que pode se referir a períodos de ausência de sintomas ou ainda que o indivíduo pode ficar por toda a vida assintomático em alguns tipos de infecções. Por esse motivo o termo IST é mais adequado e inclusive já utilizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
ISTs
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias, protozoários e outros microrganismos. Sua principal via de transmissão é o contato sexual (oral, vaginal e anal), mas alguns tipos também podem ser transmitidos da mãe para a criança durante gestação, parto ou até mesmo na amamentação.
As principais manifestações clínicas (nos casos sintomáticos) são corrimentos, feridas (lesões), verrugas anogenitais, entre outros. São ISTs a tricomoníase, doença Inflamatória Pélvica (DIP), gonorreia, clamídia, linfogranuloma venéreo (LGV), cancro mole, donovanose, sífilis, mycoplasma genitalium, herpes, condiloma acuminado, infecção pelo HTLV, hepatites virais e Aids (HIV).
PREVENÇÃO
A principal forma de prevenção é o uso de preservativos masculino ou feminino.
TRATAMENTO
O tratamento melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O diagnóstico precoce pode evitar casos graves que podem levar a complicações, como infertilidade, câncer ou até morte.
Abaixo encontra-se um resumo das ISTs, o respectivo agente causador e outras informações.
RONIELSON LIMA – BIÓLOGO