Os carboidratos representam a principal fonte de energia para os seres vivos em geral e podem ser encontrados em alimentos diversos, como mel, leite, pão, macarrão e etc.
O grupo dos carboidratos ou glicídios (do grego Glicós, doce), é muito amplo e abrange desde o açúcar comum (sacarose) até compostos muito complexos, como a celulose (presente no papel e no algodão) e o amido, que são produzidos nos vegetais pelo processo de fotossíntese.
Essas biomoléculas têm grande importância, por exemplo, a celulose está presente na madeira, nos tecidos, é matéria-prima na fabricação de papel etc. Já o amido, por sua vez, é um alimento fundamental para os homens e animais, os carboidratos fazem parte até dos ácidos nucléicos, principais constituintes de todas as células vivas.
Os carboidratos são compostos orgânicos formados por unidades denominadas sacarídeos. São classificados em: monossacarídeos (glicose, frutose, galactose), dissacarídeos (sacarose, maltose, lactose) e polissacarídeos (amido, dextrina, glicogênio, celulose).
Açúcar é o termo empregado para designar os carboidratos mais simples (monossacarídeos e dissacarídeos) e solúveis em água.
O açúcar mais empregado na alimentação é a sacarose, dissacarídeo formado por glicose e frutose, encontrada principalmente na cana-de-açúcar e beterraba. Presente também em frutas, vegetais e mel.
A sacarose obtida do caldo de cana-de-açúcar pode ser comercializada como açúcar cristal, refinado, mascavo ou orgânico.
Principais carboidratos
Glicose
Uma aldose cuja fórmula molecular é C6H12O6, a glicose é encontrada em vários frutos e é obtida, industrialmente, pela hidrólise do amido em meio ácido. A glicose é usada na alimentação, sendo o açúcar mais simples que circula em nossas veias e a sua concentração no sangue é mantida entre 80 e 120 mg por 100 ml, pela ação do hormônio insulina secretada pelo pâncreas.
O diabetes é a deficiência na fabricação de insulina pelo pâncreas; por isso, em alguns casos, é necessário que o paciente receba diariamente quantidades de insulina para controlar a taxa de açúcar no sangue.
Frutose
É a cetose mais comum, cuja fórmula molecular é C6H12O6. A frutose e a glicose possuem a mesma fórmula molecular. Sendo a glicose uma aldose, enquanto a frutose é uma cetose. Isso faz delas isômeros de função. A frutose é encontrada no mel e em muitos frutos (daí seu nome “açúcar de frutas”). É obtida por hidrólise de um dissacarídio chamado sacarose.
Sacarose
É um dissacarídeo e sua fórmula molecular é C12H22O11, encontrada principalmente na cana-de-açúcar e na beterraba e recebe o nome de açúcar comum. Se fizermos uma hidrólise da sacarose em meio ácido, obteremos a frutose e a glicose.
Celulose
É um polissacarídeo, cuja fórmula molecular é semelhante a do amido: (C6H12O5), onde a única diferença é a quantidade de monômeros. A celulose existe praticamente em todos os vegetais; o algodão, por exemplo, é celulose quase pura.
As verduras, frutas e cereais fibrosos que ingerimos contém quantidades maiores ou menores de celulose. Nosso organismo não a digere porque nem no estômago nem nos intestinos existem enzimas capazes de quebrar as moléculas de celulose; consequentemente, toda celulose que ingerimos acaba sendo eliminada, o que é bom, pois assim, os intestinos estão sempre trabalhando.
Os animais herbívoros (boi, cavalo, ovelha, etc.) digerem a celulose de ervas como o capim, por que são auxiliados, neste processo, por bactérias e protozoários existentes em seus aparelhos digestivos.
Amido
É também um polissacarídeo, encontrado frequentemente nos vegetais: em cereais (arroz, milho trigo, etc.) e em raízes (batata, mandioca, etc.). O amido constitui reserva alimentar dos vegetais. Em contato com o iodo, o amido produz uma coloração violeta escura, razão pela qual o amido é usado como indicador do iodo.
Glicogênio
É um polissacarídeo também formado pela condensação de moléculas de glicose. Sua fórmula, assim como a celulose e o amido, é (C6H10O5)n, só que apresenta uma estrutura bem mais ramificada.
O glicogênio existe nos músculos e no fígado dos animais (inclusive do homem), constitui uma reserva alimentar. Quando o organismo necessita de glicose, imediatamente transforma o glicogênio em glicose.